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4.12.10

capitulo 3 ! IS A CRUEL WORLD

Ao entrarmos na nossa casa vimos uns homens a carregar a nossa mobília para fora. Tentamos falar com o senhorio mas este não quis saber.
- Desculpe, senhor Patric você não nos pode fazer isto!
- Sim posso fazer isto posso. A casa é minha e vocês não pagam a renda à mais de 3 meses.
- Tem sido difícil.
- Não quero saber, quero-vos fora daqui imediatamente!
Saí-mos de lá. Sem saber para onde ir ou o que iríamos fazer. Estávamos a porta do prédio com tudo amontoado em caixas. As pessoas quando passavam por nós falavam entre si. Às vezes conseguia ouvir o que elas diziam muitas vezes era
- Olha o Patric meteu-os de vez fora daquela casa – ou então
- Agora ainda quero ver para onde estes se vão instalar. – Era muito duro ouvir mos aquilo. No nosso bairro não era-mos as pessoas mais queridas de lá. Tinha-mos as nossas “brigas” com os vizinhos.
- Papá para onde vamos agora? – Perguntei um pouco intrigada pois os meus avôs se calhar não teriam condições para deixar-nos ficar com eles.
- Não te preocupes Halley, eu vou perguntar à Agatha se podes ficar a dormir com ela, eu arranjo-me não te preocupes.
- Tens mesmo a certeza disso?
- Sim. Espera um pouco. – Fiquei um pouco sozinha.
- Vá pega nas tuas coisas e vai lá ter com a Agatha. Ela disse que podias ficar lá até arranjar-mos um apartamento.
- E tu vais ficar onde? – Disse eu com um pouco de lágrimas a cair sobre o meu rosto.
- Eu vou até Dublin, onde a tua tia Jessy mora.
- Vais ficar com ela?
- Não vou tentar ver se há emprego e uma casa para nós.
- Desde que fiques bem – O olhar dele ficou um pouco pálido.
- Sim, não te preocupes. – Tinha a certeza que se passava algo. Não queria me meter pois sabia que iria ficar muito mais preocupada e não o deixava ir. Despedi-me dele com um abraço forte. Apertou-me tanto que até parecia o seu ultimo abraço que me iria dar.
- Bem papá vou para cima.
- Está bem Halley, lembra-te de uma coisa: Incondicionalmente o que se passar a partir de agora, fica sabendo que serás sempre a minha menina favorita. – Sorriu e fez-se há estrada. Subi para casa da Agatha. A Agatha levou-me para o quartito de brincar. Tinha uma cama, uma pequena televisão e muitos brinquedos.
- Agatha
- Diz querida.
- Sabes rezar?
- Sim sei, queres que te ensine a rezar?
- Sim quero.
- Queres rezar pela tua mamã Halley?
- Sim, e pelo meu papá também.
- Pelo teu papá?
- Sim, para que nada de mal lhe aconteça.
- Então vamos começar. – Começamos a rezar. Não sabia fazer isso, porque nunca tinha andado na catequese como os outros meninos da minha escola. O meu pai ainda não tinha aparecido. Estava a ficar preocupada mas quando ia para sair para ir ás compras com Agatha fico traumatizada. O meu pai, cheio de nódoas negras no corpo e na cara, com a roupa rasgada e velha, com a barba enorme e o cabelo horrível.
- Papá o que se passou? – Perguntei eu a chorar.

1 comentário:

sofiarc disse...

acho que escolheste bem o título, bebé.
estou a adorar a tua história.
estou mesmo viciada *-*
AMO-TE (L)